While the Northern Hemisphere has gone louco in the last few years for parties centered around nu whirld music / global ghettotech / world music 2.0, or today’s nom du jour, tropical bass, it’s been the Global South (& its diaspora) supplying most of the beats. Such is the case with Rio de Janeiro, which kickstarted the craze in many ways when funk carioca began swirling everywhere from MIA to an ill-fated Kevin Federline outing. Even if funk is far from the Internet darling that it was in 2005, I can assure you that they are still going strong in the favelas of Rio, as my last few weekends of bleary-eyed dawns at bailes funk attests.
On the much humbler Tuesday night, however, a trio of Rio DJs with a nod toward their city’s musical export and similar sounds from around the world put together Dancing Cheetah. Chico Dub, Pedro Seiler, and João Brasil have been throwing Dancing Cheetah on and off for almost two years at different spots around Rio, and 2011 sees them at Casa da Matriz, a beautifully restored imperial-era house in the Botafogo neighborhood. Last week, the residents traded off downstairs — from João Brasil’s funk remixes to Chico Dub’s finger on the pulse of today’s global urban beats — while guests Maga Bo and Lucas Santtana took turns upstairs. Bo is fresh off a U.S. tour and Lucas was also in town to DJ at Rio Fashion Week.
The next Dancing Cheetah is on Tuesday, January 25 at Casa da Matriz in Rio de Janeiro. I caught up with Chico Dub before the party to ask him a few questions —
1. Para quem não conhece a festa, pode resumir Dancing Cheetah em 10 palavras ou menos?
(For those not familiar with the party, can you summarize Dancing Cheetah in 10 words or less?)
Ritmos tropicais e eletrônicos produzidos nas periferias globais da América Latina, Caribe, África e um pouco de Ásia.
2. Na verdade, de onde vem o nome da festa?
(Where does the name come from, really?)
A nossa mascote (ou símbolo) é um mashup da macaca do Tarzan com o animal Cheetah (guepardo)! E ela gosta (muito) de dançar!
(Our mascot is a mashup between Tarzan’s monkey and the cheetah. She really likes to dance!)
3. Dancing Cheetah logo vai comemorar dois anos. Como iniciou e quem eram os melhores DJs convidados até agora?
(Dancing Cheetah will soon be celebrating two years. How did it start and who have been your favorite guest DJs up til now?)
Sempre trabalhamos a festa em temporadas ou datas especiais. Foi a fórmula que encontramos para que o público do Rio de Janeiro, sempre interessado em modismos, não se cansasse da festa. Hoje em dia, o João Brasil mora em Londres, então a festa se resume a mim e ao Pedro Seiler e a participação de convidados. Claro que o João toca com a gente sempre que visita o Brasil.
Nossos melhores convidados foram Frikstailers, El Remolón, Poirier, Villa Diamante e Bomba Estereo.
(The aesthetic of your promotional materials — bright colors, tropical animals — reminds me of the style of New York Tropical (with the famous slothgaze), Tormenta Tropical, or Que Bajo?! Do you guys get any musical or visual inspiration from them?)
Na verdade, nossa inspiração musical vem de todas as festas e blogs de global guettotech que surgiram e que vem surgindo ultimamente. A primeira inspiração foram os argentinos do ZZK, depois vieram Generation Bass, Ghetto Bassquake e as festas do Secousse, etc. Acredito que está acontecendo no mundo inteiro toda uma “tropicalização sonora” e a Dancing Cheetah faz parte desse movimento aqui no Brasil. Depois da Cheetah, surgiram inclusive outras festas com essa característica por aqui, como a Baile Tropical (Belém do Pará) e a Boom Boom (São Paulo).
A influência visual na nossa parte estética é muito menor, apesar de gostar enormemente de toda a parte gráfica do ZZK. Eles são fantásticos no visual estético também.
5. É assim, a próxima pergunta lógica: Citei três festas “tropicais” dos Estados Unidos — onde agora tem neive pra caramba e nenhuma palmeira — mas vocês fazem Dancing Cheetah dentro de uma cidade tropical (um verdadeiro país tropical segundo Jorge Ben), e a sede de uma das músicas urbanas periféricas mundiais (nu-whirld music / global guettotech / world music 2.0), o funk carioca. Esse fato faz uma diferênca no estilo, contuédo, ou sentimento da sua festa?
(And thus, the next logical question: I cited three “tropical” parties in the U.S. — where it’s snowing like crazy and there isn’t a palm tree in sight — but you guys do Dancing Cheetah in a tropical city (a full-on tropical country according to the Jorge Ben lyric), and the home base of one of the global urban bass styles, funk carioca. Does this fact make any different in the style, content, or feeling of your party?)
Pra te dar uma resposta completa, eu precisava conhecer de perto as festas européias e americanas de global guettotech, já que a sua pergunta tem um tom de comparação. Mas acredito que nosso estilo é um pouco menos pesado, menos “tech”, digamos, que as festas gringas. Com certeza somos bastante tropicais em nosso estilo! As músicas mais techno, mais pesadas, não pegam tão bem nas pistas do Rio. Uma música como “Babylon”, do Congorock, por exemplo, precisa ser tocada na hora certa, no momento certo. Caso contrário, vai mandar todo mundo embora para casa! Não me entenda mal, eu adoro coisas assim, mas você precisa alternar cumbias, tecnobregas, reggaetons, ou mesmo tribal guaracheros, antes de tocar o lado mais pesado, mais heavy metal, do guettotech.
(To really answer this one fully, I would have to actually have been to some of the American and Europe global ghettotech parties, since the question is comparative. But I believe our style is a little less heavy, a little less “tech,” you could say, than the foreign parties. For sure our style is plenty tropical! The heavier, more techno style beats don’t catch as well on the dancefloors in Rio. For example, a track like “Babylon,” by Congorock, needs to be played at the right time. Otherwise, everyone is going to split the club! Don’t get me wrong, I love that stuff, but you need to work in cumbia, technobrega, reggaeton, or even tribal guarachero, before playing the heavier side, the more heavy metal side, of ghettotech.)
(Alright then, two years in March. Do you have any plans? Maybe in relation to Carnival?)
Sim, estamos pensando em fazer uma festa especial em março, com um convidado de peso. Mas precisamos fugir do Carnaval, porque a concorrência é pesada! Nosso plano é fazer algo mais para o fim do mês!
(Yeah, we are thinking about a special party in March, with a serious guest. But we need to stay away from Carnival, because the overlap can be a nightmare. Our plan is to do something more toward the end of the month!)